Portugal é conhecido pela sua produção de azeitonas e de azeite de alta qualidade. O olival é cultivado em várias regiões do país:
Alentejo:
Esta é a maior região produtora de azeite em Portugal e é conhecida por seus vastos olivais. As condições climáticas quentes e secas do Alentejo são favoráveis ao cultivo das oliveiras e à produção de azeite de excelente qualidade.
Trás-os-Montes:
Localizada no norte de Portugal, esta região também possui uma quantidade significativa de olivais. A produção de azeite em Trás-os-Montes é caracterizada por azeites robustos e aromáticos.
Ribatejo:
Essa região central de Portugal também tem uma importante produção de azeitonas e azeite.
Algarve:
A região do Algarve, no sul de Portugal, tem um clima mediterrâneo propício ao cultivo de oliveiras. A produção de azeite nesta região é conhecida por azeites suaves e frutados.
Beira Interior:
Outra região do norte de Portugal que contribui para a produção de azeite no país.
Portugal é autossuficiente em azeite desde 2014, estimando-se que tenha atingido 149,9 mil toneladas na campanha de 2019-2020. No ano de 2020, a produção de azeitona de mesa nos olivais portugueses rondou as 7,4 mil toneladas. A maior parte da área ocupada por olival destina-se à produção de azeite (374.762 ha) (INE, 2020).
A região do Alentejo, com o aumento da área de olival intensivo e superintensivo em produção, registou um aumento de 64% no volume de produção de azeite destacando-se com 76% da produção nacional (GPP e INE). As variedades mais representativas são Cobrançosa, Cordovil, Galega, Verdeal, Azeiteira, Blanqueta, Arbequina e Arbosana.
Na região Centro a área ocupada por olival (65.000 ha), representa cerca de 18% do total da área a nível nacional. A variedade predominante é a Galega Vulgar. Entre as variedades para conserva salienta-se, para a região, a Negrinha do Freixo.
De acordo com o RA 2019 a área de olival, na área de influência da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, era de 22.608,79 ha sendo 22.514,38 ha de azeitona para azeite e 94,41 ha de azeitona de mesa, o que representa 6% da área nacional de Olival para Azeite e 2% da área de olival para azeitona de mesa.
As variedades mais utilizadas na região para olival para azeite são: Galega, Cobrançosa, Arbequina e Arbosana. No olival para azeitona de mesa aparece principalmente a Galega e Cobrançosa.
O olival moderno é responsável por 80% da produção nacional de azeite, estando Portugal posicionado como o 8.º maior produtor mundial de azeite, com produtividades recorde no Alentejo que podem ter chegado – em 2021 – às 20 toneladas por hectare, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Bactrocera oleae
Esta é uma das pragas mais prejudiciais do olival. As fêmeas da mosca fazem as posturas de ovos nas azeitonas e as larvas alimentam-se da polpa, causando danos aos frutos.
Saissetia oleae
Uma praga sugadora que afeta as folhas e os frutos das oliveiras, enfraquecendo as árvores e reduzindo a produção.
Prays oleae
A traça da oliveira é uma praga que afeta as folhas e os frutos das oliveiras, causando danos e podendo levar à queda dos frutos.
Verticillium dahliae
Esta é uma doença fúngica que pode afetar as raízes e os ramos das oliveiras, causando murcha e podendo levar à morte das árvores.
© Aceites de Oliva de España
Pseudomonas savastanoi pv. savastanoi
É uma doença bacteriana que causa tumores nas hastes e ramos das oliveiras.
© Escuela Superior del Aceite de Oliva
Colletotrichum
Esta doença é causada por vários fungos do género Colletotrichum e pode causar sérios danos às oliveiras e reduzir a produção de azeitonas. Os sintomas comuns da antracnose da oliveira incluem manchas escuras e húmidas nas folhas, lesões em frutos e ramos, que podem se espalhar e causar a queda prematura das folhas e frutos.
Spilocaea oleagina
Causada por um patógeno chamado Spilocaea oleagina, esta é uma das doenças foliares mais comuns que afetam as oliveiras. Os sintomas da doença do olho de pavão incluem manchas de cor castanha ou escura com um centro mais claro nas folhas da oliveira. À medida que a infeção progride, essas manchas podem se multiplicar e se fundir, levando à descoloração e queda das folhas, o que pode afetar negativamente a produção de azeitonas.